A redução da jornada de trabalho continua esquentando debates pelo mundo. No Brasil, ganhou força em 2024 com a criação de uma PEC que propõe a diminuição da carga horária semanal de 44 para 36 horas, distribuídas em quatro dias de trabalho (uma escala de 4×3), sem redução salarial.

Em 2025, o tema deve ser ainda mais discutido nos meios sociais e no Congresso Nacional, visto que é uma demanda comum a toda a classe trabalhadora e de forte apelo popular.

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Exatamente em razão disso, provavelmente, veremos ao longo do ano, novas iniciativas replicarem o pleito dos trabalhadores nas esferas estadual, municipal e até mesmo federal, a exemplo da PEC encabeçada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP).

É o caso do projeto de lei protocolado recentemente pela deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), que visa reduzir a jornada semanal dos comerciários de 44 horas para 40, com uma escala de trabalho de cinco dias para quem trabalha no comércio. 

O projeto é mais uma oportunidade para o Congresso e a sociedade debaterem uma pauta vital para as pessoas. Embora este PL em particular se direcione a trabalhadores do comércio, é uma voz que se soma à campanha pelo fim da escala 6x1 e um avanço para a luta de toda a classe trabalhadora.

Segundo dados do IBGE, o comércio é um dos setores que têm jornadas mais longas, ao lado da construção, transportes e agropecuária. Além disso, dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que a jornada média do trabalhador brasileiro é superior à de grande parte dos países que compõem as 20 maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Austrália, Espanha, Holanda e Suíça.

Para a deputada Daiana Santos, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara, “reduzir a jornada e garantir dois dias de descanso é um passo essencial na luta contra a exploração da classe trabalhadora”.