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Giro de Notícias

Acontece hoje, 1º, em diversas cidades, o Dia de Mobilização Nacional contra os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à soberania do Brasil. A conta de luz vai ficar ainda mais cara a partir de agosto. Governo estuda a possibilidade de suspender a obrigatoriedade da auto-escola para obtenção da CNH. UFS passa a ter 31 pesquisadores entre os 10 mil mais influentes da América Latina. Copom mantém Selic em 15%. Projeto que busca regulamentar “intervalo bíblico” em escolas públicas é aprovado em Aracaju. Confira o Giro de Notícias desta semana.
Contra o tarifaço
Nesta sexta-feira, 1º de agosto, brasileiros e brasileiras se reúnem em Dia de Mobilização Nacional contra os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à soberania do Brasil. Trump impôs a cobrança de tarifa de 50% às exportações brasileiras em razão da ação que investiga Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe de Estado. Apesar de o presidente americano ter adiado a medida de 1 para 6 de agosto e retirado quase 700 produtos brasileiros da lista de taxações, os atos estão marcados para acontecer em, pelo menos, 10 cidades. Organizado pelos movimentos Frente Brasil Popular e Povo sem Medo e por centrais sindicais, o Dia de Mobilização Nacional pretende ser uma resposta à chantagem de Trump, mas também uma oportunidade para reforçar a luta por outras pautas: fim da escala 6x1, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, taxação dos super-ricos, não ao PL da devastação, não à pejotização irrestrita e fim do genocídio em Gaza.
Conta de luz mais cara
A conta de luz ficará ainda mais cara em agosto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira vermelha patamar 2 – a mais alta na escala de tarifas – será acionada a partir do dia 1º, o que adicionará R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos. A justificativa é a previsão do baixo volume de chuvas, o que leva à necessidade de acionar fontes mais caras, como as usinas termelétricas. A Aneel aplicou as tarifas da bandeira amarela em maio, quando chovia em boa parte do país. Em junho, mesmo com o volume de chuvas ainda mais alto, a agência acionou a bandeira vermelha. Antes da implantação das bandeiras tarifárias, em 2015, o aumento do custo de geração de energia era repassado aos consumidores via reajuste anual e local. Agora, a Aneel antecipa as condições de geração.
Fim da auto-escola
O governo Lula avalia acabar com a obrigatoriedade da autoescola para a obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL). Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países a exigir determinado número de horas-aula para um aspirante a condutor fazer uma prova. O objetivo da medida é reduzir os custos para tirar a carteira de habilitação no Brasil, calculados em valores de R$ 3.000 a R$ 4.000, a depender do estado. A auto-escola, então, passaria a ser facultativa. De acordo com o ministro, a proposta, que não precisa passar pelo Congresso, já está pronta e vai ser levada ao presidente para aprovação. Se sancionada, o candidato ainda deverá ser aprovado nas provas técnica e prática, mas escolherá a forma de aprender a dirigir. Por exemplo, poderá decidir se contrata auto-escola ou instrutor autônomo credenciado; se utiliza veículo próprio ou do instrutor.
Ranking científico
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) ampliou de 29 para 31 o número de pesquisadores entre os 10 mil mais influentes da América Latina, segundo o ranking AD Scientific Index 2025. O levantamento avalia indicadores bibliométricos de mais de 2,6 milhões de cientistas, vinculados a 24 mil instituições de 221 países. Entre as 643 universidades brasileiras listadas, a UFS ocupa a 34ª posição. No cenário latino-americano, é a 50ª colocada entre 2.205 instituições públicas e privadas. Já no ranking mundial, a universidade aparece entre as 1.300 melhores posicionadas. O AD Scientific Index (Alper-Doger Scientific Index) classifica os pesquisadores com base no índice H, métrica que considera tanto a produtividade quanto o impacto das publicações no Google Scholar.
15%
Nesta quarta-feira, 30, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15%. Em comunicado, o Copom afirma que decidiu manter a taxa básica de juros em 15%, considerando que “o cenário segue sendo marcado por “resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”. O colegiado também informou que o patamar atual dos juros deve permanecer na próxima reunião.
“Intervalo bíblico”
No dia 17 de julho, a Câmara Municipal de Aracaju aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei 47/2025, que permite a realização de reuniões religiosas nas escolas públicas, o que ficou conhecido no Brasil como “intervalo bíblico”. O autor do projeto é o vereador Pastor Diego (União Brasil). De acordo com a Câmara Municipal, o projeto “garante aos alunos o direito de realizar reuniões religiosas durante os intervalos e períodos extracurriculares, desde que sejam respeitadas as normas de convivência e a ordem pública”. Além disso, a administração das unidades de ensino e os professores estão vedados de impedir tais manifestações, exceto em casos de perturbação da ordem ou descumprimento de normas. Porém, o direito à liberdade religiosa já é garantido pela Constituição.
Doutrinação religiosa
A ocorrência de intervalos bíblicos em escolas públicas de Pernambuco foi parar no Ministério Público do estado. Logo depois, projetos de lei que regulamentam a prática devocional no recreio e o uso da Bíblia nas salas de aula começaram a surgir em, ao menos, 13 capitais. Apresentados quase sempre por parlamentares evangélicos, como no caso de Aracaju, tais projetos de lei estão alinhados com a noção de liberdade religiosa defendida por representantes da extrema direita na política do Brasil. E é preciso garantir que tais manifestações sejam espontâneas e voluntárias dos estudantes, não articulações de instituições religiosas ou autoridades pedagógicas. No entanto, matérias jornalísticas apontam o envolvimento direto de grupos missionários e “influencers evangélicos” que atuam em algumas escolas como líderes dos cultos. Acredita-se ainda que os alunos são incentivados pelas igrejas evangélicas que frequentam a atuarem como agentes evangelizadores com o objetivo de converter outros estudantes, utilizando os “intervalos bíblicos” como estratégia missionária.