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Bilionários brasileiros na lista da Forbes: de onde vem tanta riqueza e quem paga a conta?

Cinquenta e dois brasileiros foram listados pela revista Forbes no ranking dos mais ricos do mundo em 2025. Entre eles, o mais rico é Eduardo Saverin, de 43 anos, cofundador do Facebook. Com um patrimônio de US$ 32,4 bilhões, Saverin ocupa a 51ª posição global.
Destes 52, os 10 mais ricos são: a herdeira do banco Safra, Vicky Safra, com R$ 20,9 bilhões; Jorge Paulo Lemann (ramo da cerveja), com R$ 16,7 bilhões; André Esteves (banco), R$ 7,5 bilhões; Carlos Alberto Sicupira (cerveja) R$ 7,3 bilhões; Fernando Roberto Moreira Salles (banco e minerais) R$ 6,7 bilhões; Pedro Moreira Salles (banco e minerais) R$ 6,3 bilhões; Miguel Krigsner (cosmético) R$ 6,1 bilhões; Joesley Batista (carne), R$ 4,8 bilhões; Wesley Batista (carne) R$ 4,8 bilhões.
Na lista completa da Forbes, ainda figuram estrelas internacionais como o cineasta Steven Spielberg, a cantora Rihanna e o jogador de basquete LeBron James.
A obscena concentração de riqueza por parte dos bilionários brasileiros listados pela Forbes é um tapa na cara da maioria da população, que luta diariamente contra a miséria e uma abissal desigualdade. Essa concentração indecente de capital não é apenas um sintoma, mas a causa direta da vulnerabilidade social e econômica que assola milhões de brasileiros, condenados à falta de oportunidades e a uma existência precária. A classe trabalhadora é que paga a conta.
É urgente desmascarar a origem questionável de muitas dessas fortunas, construídas frequentemente sobre a exploração de trabalhadores, a sonegação fiscal e a apropriação indevida de recursos. A falácia da "contribuição social" desses magnatas se desfaz diante da realidade: a filantropia esporádica não redime a omissão em pagar impostos justos e a negligência em gerar empregos dignos.
Além disso, o impacto ambiental de suas atividades empresariais é, muitas vezes, um crime contra o futuro, com a devastação de ecossistemas e a poluição desenfreada em nome do lucro. E a influência política que exercem, comprando o silêncio de governantes e moldando leis a seu favor, é uma afronta à democracia e um obstáculo intransponível para a justiça social. Um exemplo disso é o caso de Elon Musk.
A acumulação de riquezas estratosféricas por poucos indivíduos é um sintoma de um sistema falido, que premia a ganância e pune a maioria. É hora de exigir uma redistribuição radical da riqueza e uma transformação profunda das estruturas que perpetuam esse absurdo.