Começa o Outubro Rosa, a campanha que tem como objetivo difundir informações sobre o câncer de mama e incentivar a busca por prevenção, diagnóstico e tratamento precoces.

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é a neoplasia mais frequente em mulheres, após o câncer de pele. Para o Brasil, foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta idade a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.

 

No entanto, um estudo recente nos Estados Unidos apontou que os casos de câncer de mama têm crescido em pessoas com menos de 50 anos, em especial na faixa de 30 a 39 anos. E no Brasil, já se observa o mesmo. O mastologista do Grupo Oncoclínicas e diretor da Escola Brasileira de Mastologia Guilherme Novita atribui essa queda na faixa etária padrão de maior incidência da doença ao aumento no uso de hormônios, seja como anticoncepcional ou para fins estéticos; à menarca (primeira menstruação) mais precoce; e ao fato de as mulheres terem menos gestações e menos amamentação.

 

Sintomas

 

• Retrações de pele e do mamilo;

• Saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo;

• Vermelhidão da pele da mama;

• Pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço;

• Inchaços pelas mamas;

• Dores na mama ou mamilo.

 

Para detectar nódulos, é preciso fazer o autoexame. Ao notar qualquer um desses sinais, a mulher deve imediatamente consultar um(a) médico(a).

 

Saber salva

As ações do Outubro Rosa visam contribuir para reduzir a mortalidade de mulheres pela doença, por meio da informação e do acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento.

 

O diagnóstico tardio leva ao agravamento da doença, com maior agressividade do tratamento, longa espera nas filas e redução na probabilidade de cura. Já quando o diagnóstico é feito na fase inicial, o tratamento é mais leve, rápido, barato e com maior chance de cura.

 

O Ministério da Saúde afirma que cerca de 17% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis. A prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e o  baixo consumo de bebidas alcoólicas podem ajudar a evitar o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor. 

 

Colo do útero

Este ano, o Ministério da Saúde incluiu o câncer do colo do útero na campanha Outubro Rosa. O câncer do colo do útero é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de mama, e a principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países. No Brasil, é o terceiro tumor mais incidente na população feminina com 17 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, correspondendo a uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.