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Giro de Notícias
No Giro de Notícias, o Sindjuf/SE traz para os servidores um breve resumo de alguns dos principais acontecimentos da semana com impacto político, econômico e social.
Eleições e fake news
Uma pesquisa inédita divulgada pelo Observatório Febraban revelou que 88% dos brasileiros são favoráveis à punição dos candidatos que usam ou se beneficiam de notícias falsas durante as eleições. A punição mais defendida, para 52% das pessoas ouvidas, é a impugnação da candidatura; 14% defendem multa em dinheiro; 12% defendem suspensão da campanha eleitoral por um período; 10% consideram que a propaganda eleitoral deve ser suspensa por completo e 3% indicaram apenas uma repreensão pública. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 10 de julho com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o objetivo da pesquisa foi investigar o que pensam os brasileiros sobre o grau de envolvimento da população com as campanhas, as opiniões sobre as fake news no contexto eleitoral e as formas pelas quais as pessoas se informam sobre o pleito eleitoral. O levantamento trouxe ainda a avaliação da população sobre o trabalho de seus atuais prefeitos e vereadores e apurou as opiniões específicas em cada uma das cinco regiões brasileiras. Como resultado, o levantamento apontou que o apoio político não tem papel “determinante” na escolha dos eleitores. Para as candidaturas a prefeito, 41% prestam maior atenção nas propostas e outros 29% na experiência administrativa. O desempenho na campanha e nos debates chega a 17% e apoio político a 7%.
Menos arrecadação
Em 2023, o governo federal deixou de arrecadar para R$ 647 bilhões em impostos por causa de concessões e subsídios. Há 20 anos, em 2003, esse valor era de R$ 51 bilhões - ou R$ 156 bilhões corrigidos pela inflação. Os dado foram divulgados pelo Ministério do Planejamento. Naquela época, o Brasil comprometia o equivalente a 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com os chamados benefícios fiscais. Em 2023, isso dobrou. São 6% do PIB. E as isenções cresceram 314% nas últimas duas décadas.
Mais para a dívida
Já o gasto do setor público com o pagamento de juros ultrapassou a marca de R$ 835,7 bilhões no acumulado de 12 meses até julho de 2024, de acordo com dados do relatório de “Estatísticas fiscais” do Banco Central (BC). São R$ 197,6 bilhões a mais do que foi pago pela União, estados/municípios e estatais no mesmo período do ano passado (R$ 638,1 bilhões). Somente em julho, a transferência de renda dos cofres públicos para os bancos e outros especuladores da dívida pública, via o pagamento de juros, somou R$ 94,9 bilhões. Enquanto isso, o setor público acumulou déficit de R$ 272,2 bilhões nos últimos 12 meses. Além disso, os investimentos sociais e produtivos continuam estrangulados por regras rígidas de controle das despesas públicas e metas fiscais. E a ameaça é de quem vem coisa pior.
Contra a mulher
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apenas nos primeiros cinco meses de 2024, 380.735 casos de violência contra a mulher foram registrados na Justiça brasileira, uma média superior a 2,5 mil novas ações judiciais por dia em todo o país. Os novos processos pesquisados são referentes aos crimes de violência doméstica contra a mulher, estupro e feminicídio. Foram 318.514 de violência doméstica, 56.958 de estupro e 5.263 de feminicídio de janeiro a maio deste ano. Até o mês de abril, as ações envolvendo violência doméstica somavam 178.379. Isso significa que, em apenas um mês, o número de processos referentes a este crime aumentou em 78,5%. Os dados acompanham uma tendência de alta evidenciada em 2023. De 2022 para o ano seguinte, o total de novas ações de violência contra mulher aumentou em 13,1%. Em todo o ano passado, foram registrados 813.044 processos sobre os crimes no DataJud.
Vacina contra a dengue
Um estudo científico revela que a vacina contra dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, mostrou eficácia de 67,3% contra a infecção e de 89% contra casos graves e com sinais de alarme, após 3,7 anos da aplicação. Ao todo, 16.235 voluntários, com idades entre 2 a 59 anos, participam da pesquisa. Eles foram divididos entre dois grupos: os que foram vacinados com o insumo e os que receberam placebo. Nos dois anos, o imunizante foi capaz de reduzir em até 79,6% o risco de um diagnóstico de dengue. Em relação aos casos de reinfecção — quando o indivíduo já teve a doença anteriormente –, o resultado foi ainda melhor, alcançando os 89,2%. Os voluntários da pesquisa serão acompanhados até cinco anos após a aplicação da vacina. O Butantan espera que o uso da vacina seja aprovado pelo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o fim do ano.