Notícias

Giro de Notícias

17/11/23 às 10:49 por Sindjuf/SE
  • Compartilhar via Facebook
  • Compartilhar via Twitter
  • Compartilhar via Whatsapp
  • Compartilhar via Email

 

No Giro de Notícias, o Sindjuf/SE traz para os servidores um breve resumo de alguns dos principais acontecimentos da semana com impacto político, econômico e social.

 

Condenados

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu a pena de mais cinco réus condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Porém, não houve consenso sobre a dosimetria das penas, que é o cálculo que leva à sentença final. As penas variam de 13 anos e seis meses a 16 anos e seis meses. Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de associação criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e depredação de patrimônio protegido da União. Nesta sexta, 17, inicia-se novo julgamento, dessa vez, de outros seis réus.

 

Privatização

A privatização da Deso é uma realidade cada vez mais próxima. Em reunião realizada na semana passada, o governador do estado, Fábio Mitidieri, e dirigentes do Sindisan discutiram reivindicações da categoria, entre elas, a não demissão em massa dos trabalhadores da companhia de saneamento. Segundo o presidente do Sindisan, Sílvio Sá, após a apresentação de defesas e propostas, “o governador se mostrou ciente da situação. Esta é a primeira reunião de muitas e esperamos chegar a um denominador comum, com resultados favoráveis para a população, para o Estado e para os trabalhadores”. Sabemos, porém, que, quando se trata de privatização, não há resultados favoráveis nem para a população, nem para os trabalhadores e, às vezes, nem para o Estado, que assume o ônus quando as empresas decidem ir embora.

 

O povo não quer

Já em São Paulo, o povo disse que é contra a privatização dos trens de passageiros, do metrô e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), objetivo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O plebiscito foi organizado por sindicatos e movimentos populares e teve cerca de 897 mil votos, dos quais 97% votaram contra a  venda dos serviços públicos. O plebiscito popular faz parte de uma campanha de mobilização das representações de trabalhadores da Sabesp, do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que no último dia 3 de outubro fizeram uma greve conjunta contra os projetos de entrega dos serviços públicos à iniciativa privada. Nova paralisação, com adesão de outras categorias, está marcada para o próximo dia 28.

 

Com dinheiro nosso

A Câmara dos Deputados gastou, ao menos, R$ 12.989,92, com a ida e volta de três deputados federais à Argentina. Um deles é o sergipano Rodrigo Valadares (União Brasil). O motivo: acompanhar de perto o primeiro turno das eleições presidenciais e apoiar o candidato de extrema-direita Javier Milei. Os outros dois deputados são Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Marcel Van Hattem (Novo-RS). Não há registro de reembolso de passagens a Rodrigo Valadares, como há dos outros. Mas a hospedagem dele foi paga com dinheiro público. O deputado ficou quatro noites hospedado no hotel Hilton, ao custo de R$ 4.537,66, localizado no Puerto Madeiro.

 

Organizados

O sindicato dos metalúrgicos decidiu suspender a greve no último dia 8, após acordo com a General Motors. Os trabalhadores paralisaram as atividades no dia 23 de outubro, após a demissão de mais de 1.200 funcionários em três fábricas da montadora. As demissões foram canceladas, e a Justiça do Trabalho determinou a reintegração dos trabalhadores desde o dia 3 de novembro. A greve continuou, porém, porque, segundo o sindicato, a GM queria descontar dos trabalhadores os 17 dias de greve, além de resistir contra a manutenção dos empregos dos funcionários na unidade de São José dos Campos até maio de 2024. O sindicato aprovou também um aviso de greve permanente, isto é, caso a empresa descumpra algum aspecto do acordo, a greve será retomada.

 

Silenciamento

A jornalista Schirlei Alves, do The Intercept, foi condenada pela juíza Andrea Cristina Rodrigues Studer, da 5ª Vara Criminal de Florianópolis, a seis meses de detenção em regime aberto e pagamento de R$ 400 mil em indenizações. O motivo foi a publicação de reportagem que trouxe à tona o “caso Mariana Ferrer”, em novembro de 2020. Amulher denunciava um ter sido vítima de estupro e, na audiencia, foi humilhada e agredida verbalmente pelo advogado do réu, sem qualquer intervenção do juiz do caso, Rudson Marcos. O caso repercutiu negativamente e, segundo a juíza, o promotor Thiago Carriço passou a ser “conhecido” como o promotor que inventou o estupro culposo, expressão usada na reportagem. 

 

Inacreditável

Para a presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, a decisão foi desproporcional e fere a liberdade de imprensa, além de abrir um caminho perigoso. A indenização exorbitante e totalmente incompatível com a renda da jornalista - para ser dividida entre juiz e promotor - mostra uma tentativa de intimidar e silenciar os jornalistas. Em nota, Schirlei disse se sentir injustiçada e penalizada por desempenhar seu papel profissional ao revelar abusos de poder no sistema judiciário. O advogado da jornalista irá recorrer da decisão. Enquanto isso, o acusado foi absolvido, e o juiz, advertido pelo CNJ. 

 
Clique na imagem para ampliar