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Privatização da Petrobras: a quem interessa?

30/03/23 às 11:35 por Sindjuf/SE
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A gestão da Petrobras composta por indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu prosseguir com a privatização de bens da estatal apesar do pedido expresso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a suspensão das vendas.

No último dia 17, a atual diretoria executiva da Petrobras, formada durante o governo passado, enviou ao Conselho de Administração uma proposta para dar andamento às privatizações em curso. Nesta quarta-feira (29), o conselho, cuja composição foi definida no governo Bolsonaro, analisou a proposta e deu seu aval algumas vendas.

Com a decisão, privatizações em fase de assinatura de fechamento de contratos serão mantidas. Entram nesta lista, a venda dos campos de petróleo do Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim, no Espírito Santo; dos Polos Pescada e Potiguar, no Rio Grande do Norte; e da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará.

A decisão contraria ofícios do Ministério das Minas Energia (MME) enviados à Petrobras. No final de fevereiro, o MME já havia solicitado a suspensão de todas as vendas de ativos por 90 dias para que os processos fossem reavaliados levando em conta o início de um novo governo.

Nesta manhã, o MME reiterou o pedido, ressaltando uma solicitação para estudos mais aprofundados pela nova diretoria da Petrobras. Nesta quarta-feira, tomaram posse os novos diretores da companhia, indicados por Lula.

O conselho da Petrobras, entretanto, entendeu que a venda de bens da empresa segue o plano estratégico da estatal elaborado pela diretoria e aprovado pelo próprio conselho. O colegiado disse estar aberto a rever o plano, caso a nova gestão da empresa decida por isso.

Ainda assim, ressaltou que vendas em fase avançada de negociação estão mantidas. "Vale notar que esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura de contratos de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela Companhia, com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer ao longo dos quatro trimestres de 2023, e, desta forma, não causar qualquer dano às partes envolvidas nas negociações, em especial a Petrobras", informou a Petrobras.

 

Fonte: Brasil de Fato.

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