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Jornada de trabalho reduzida: como discussão afeta o mercado do Brasil?

28/03/23 às 16:09 por Sindjuf/SE
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Os britânicos terão a oportunidade de trabalharem quatro dias por semana, resultado de um projeto piloto que foi colocado pelo governo para ver quais os impactos dessa ação para empresas e trabalhadores e o resultado foi muito bom para ambos.

Foram 61 empresas que participaram do estudo, que foi considerado o maior no mundo sobre a redução da jornada de trabalho no mundo.

A maior parte das companhias registram que a produtividade foi mantida e os funcionários tiveram ganho no bem-estar e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal melhorou. Pelos dados compilados foi registrado que os empregados tinham menos intenção de deixar seus empregos.

E no Brasil? Como estamos nessa questão. Hoje o máximo trabalhado no emprego formal é de 44 horas semanais que está definido pela Constituição, mas hoje não existe nenhuma discussão sobre o tema que é importante para a classe trabalhadora.

Antonio Neto, presidente nacional da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiro), trouxe este tema em um post no Twitter.

“Com a indústria 4.0, a internet das coisas (IoT), a automação, a inteligência artificial (AI), entre outros processos de desemprego estrutural, a grande discussão do Governo Brasileiro deveria ser medidas para gerar empregos dignos e qualificados. Sim, estou falando da redução da jornada de trabalho”, escreveu Neto.

Ao falar sobre a redução da jornada de trabalho, não é nas horas semanais, mas na redução de dias de trabalho, reduzindo para quatro dias.

“Em um país com quase 70% da mão de obra na selvageria da informalidade, 10 milhões de desempregados e 5 milhões de desalentados, precisamos criar empregos imediatamente”, disse o presidente do CSB.

Os empresários brasileiros sempre reclamam quando um benefício para o trabalhador é discutido; foi assim com o 13º, férias, CLT e tantos outros direitos trabalhistas, que no fim, foi bom para todos, inclusive os patrões.

“Os capitalistas não vão abrir mão do lucro. Vão contratar o necessário para garantir as margens de lucros. A redução da jornada será uma injeção na economia e um recado uníssono que a era dos direitos ou empregos acabou”, disse Neto.

 

Fonte:  Redação Mundo Sindical - Manoel Paulo - com informações da CNN.

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