No Giro de Notícias, o Sindjuf/SE traz para os servidores um breve resumo de alguns dos principais acontecimentos da semana com impacto político, econômico e social.

Novo surto

O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos nesta quinta-feira, 28. Além da primeira no país, é a primeira fora do continente africano, onde a doença é endêmica. Aqui, já são mais de mil casos notificados. O epicentro da doença é o estado de São Paulo com 506 casos, seguido do Rio de Janeiro, com 102 casos, e Minas Gerais, com 33. Mas também há casos em Goiás (14), Distrito Federal (13), Paraná (11), Bahia (3), Pernambuco (3), Ceará (2), Rio Grande do Sul (2), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Mato Grosso do Sul (1) em Santa Catarina (1). Há alguns dias, a OMS declarou estado de emergência global, o mais alto nível de alerta, para a varíola dos macacos. Segundo a organização, no início do mês, em 6 de julho, havia cerca de seis mil casos em 58 países. Agora, já são mais de 16 mil casos confirmados em 75 países.

À venda

O governo Bolsonaro colocou à venda mais quatro refinarias, que representam 50% da produção da Petrobras, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado. Segundo o pesquisador Mahatma Santos, do Ineep, as privatizações devem expor ainda mais a empresa à volatilidade dos preços internacionais, ampliar os riscos de desabastecimento do mercado interno e, por conseguinte, elevar os preços médios para o consumidor brasileiro. O desinvestimento em refino da Petrobrás já é caro à economia do país e segue a política do atual governo de se desfazer de parte do patrimônio da estatal. Assim, ficam garantidos cada vez mais lucros e dividendos aos seus acionistas, na maioria estrangeiros.

Lucros só crescem

Falando nisso, a companhia divulgou ontem, 28, o lucro líquido no segundo trimestre deste ano, que foi de R$ 54,33 bilhões. Só nos primeiros seis meses de 2022, estatal já lucrou R$ 98,8 bilhões. O fato se deve, principalmente, à alta do petróleo no mercado internacional e à alta dos combustíveis no Brasil. As recentes reduções já aconteceram no terceiro trimestre. 

Devastação

Nos últimos três anos, que correspondem ao governo Bolsonaro, o desmatamento no país atingiu cerca de 42 mil quilômetros quadrados de matas nativas de todos os biomas. Uma área equivalente ao estado do Rio de Janeiro. A maior causa de tal devastação ambiental é a agropecuária. O latifúndio de soja, que muito pouco contribui para matar a fome no Brasil, e as pastagens avançam sobre a Amazônia, aprofundando também os conflitos no campo e a contaminação por agrotóxicos. O garimpo e a mineração também são causadores desse mal. Os dados são do Projeto MapBiomas.

Apoio à JE

Depois de o presidente da República atentar mais uma vez contra o sistema eleitoral brasileiro, quando se reuniu com embaixadores, foi a vez do presidente do Superior Tribunal Militar se manifestar sobre o assunto. Em seu discurso de despedida, o General Luís Carlos Gomes Mattos defendeu que é a Justiça Eleitoral quem deve decidir sobre as eleições. Apesar de muitos militares, sobretudo os lotados no governo, apoiarem as falas de Bolsonaro contra as urnas, o general aposentado disse que as Forças Armadas devem atuar dentro dos seus limites, quando e se solicitadas, para garantir que o processo eleitoral seja legítimo, democrático e tenha respaldo popular, como uma verdadeira burocracia de Estado.