Notícias

Reforma tributária não corrige injustiças

10/09/21 às 15:00 por Sindjuf/SE
  • Compartilhar via Facebook
  • Compartilhar via Twitter
  • Compartilhar via Whatsapp
  • Compartilhar via Email

 

O texto-base da reforma tributária foi aprovado na Câmara no último dia 1º e, no fim das contas, é novamente a classe trabalhadora que sai mais penalizada.  

 

O desconto-padrão, dedução utilizada pela maioria dos declarantes que pode ser feita quando é elaborada a declaração anual de rendimentos, foi reduzido dos atuais R$ 16.754,34 para R$ 10.500. 

  

Isso fará com que trabalhadores que recebem acima de R$ 4.375,00 por mês vai pagar mais.  

 

A faixa isenção do imposto de renda para pessoa física foi ampliada de R$ 1.903,98 para R$ 2,5 mil por mês. No entanto, ainda está longe de corrigir a defasagem de 25 anos. Em valores corrigidos pelo IPCA (anual até 2020 de 346,9%), a faixa de isenção deveria ser atualizada para R$ 4.022,00.  

 

O projeto volta com a tributação de lucros e dividendos distribuídos aos sócios de grandes empresas, isentos desde 1996, mas somente em 15%. Um absurdo quando comparada à alíquota cobrada para trabalhadores que ganham acima de R$ 5,3 mil, que é de 27,5%. 

 

O projeto ainda reduz o imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) praticamente à metade: a alíquota de 15% caiu para apenas 8%! A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) de empresas e bancos também foi reduzida. 

 

Continuaremos do mesmo jeito: os mais pobres pagando mais e os mais ricos pagando menos. E os super ricos pagando nada ou quase nada, pois a reforma não inclui taxação de grandes fortunas.  

 

 

 

 

Clique na imagem para ampliar