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Reforma tributária, outra ilusão
Trabalhadores atacados mais uma vez. A PEC 45/2019, chamada de reforma tributária, inicialmente, até encanta com a mudança na tabela de Imposto de Renda da Pessoa Física, que poderá ser reajustada, deixando mais trabalhadores isentos do tributo. No entanto, o reajuste é mínimo, “sobrando” para o trabalhador uma quantia irrisória a cada mês. Somado a isso, a tabela está sem adequação desde 2015, e essa mudança agora não corrige o atraso, não repõe perdas.
A proposta possibilita o fim do incentivo fiscal para a concessão do vale-alimentação. Ou seja, o esperado é que a maioria das empresas corte esse benefício de seus funcionários, já que não há obrigatoriedade. Também não há uma correção dos valores das deduções com dependentes e com educação.
Outro agravo para trabalhadores é que somente aqueles que ganham até R$ 40.000 por ano poderão adotar o modelo simplificado no ajuste anual. Isso vai deixar muitos trabalhadores sem a possibilidade do desconto.
A progressividade das alíquotas ficou apenas para as faixas mais baixas de salário. Além de não aumentar as alíquotas para os maiores salários, o texto não prevê taxação para grandes fortunas e heranças. Portanto, mantém ou até mesmo aumenta as desigualdades atuais – ricos pagam menos e pobres pagam mais.
No fim das contas, empresas pagarão menos impostos, mas para o trabalhador quase nada muda. Isso faz com que estados, municípios e até a União arrecadem menos. Com arrecadação baixa, os investimentos públicos ficam também - ainda mais – reduzidos.
Essa é mais uma reforma extremamente maléfica para a sociedade e que só atende aos interesses dos grandes ricos e do mercado.