A Comissão Mista do Orçamento (CMO) aprovou na manhã de hoje, 15, um fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022, valor quase três vezes maior do que em 2020. Esta foi uma entre as medidas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as metas, limites de despesas e prioridades básicas do Orçamento do próximo ano. 

O valor será de 25% dos recursos destinados à Justiça Eleitoral em 2021 e 2022 mais parte das emendas de bancadas estaduais e valores da renúncia da extinção de propaganda partidária que serão definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Em 2020, ano de eleições municipais, o Congresso tentou emplacar um fundo de R$ 4 bilhões, que acabou sendo de R$ 2 bilhões diante da repercussão negativa. 

O texto aprovado pela comissão ainda prevê um déficit de R$ 170,47 bilhões para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União (Governo Central) e deverá ser votado ainda hoje pela Câmara e pelo Senado. 

Não há mais centelha de dignidade nesse Congresso sórdido e imoral. A sujeirada é feita às portas abertas, em frente às câmeras, à luz do dia, não importa. Tudo para que se perpetuem no poder, ou pelo menos consigam sugar da máquina pública o máximo possível. Uma quantia obscena, retirada do dinheiro do povo, para bancar campanha de político canalha, que atua em prol de si mesmo e de seus pequenos grupos. 

Enquanto isso, o povo morre de covid e de fome, esmorece nas filas da vacina e do auxílio emergencial. Saúde, Educação, Ciência, Meio Ambiente, Censo, tudo com verbas cortadas; reforma administrativa para dizimar ainda mais investimentos no serviço público e extirpar direitos dos servidores e da população. 

Mas a fatia do bolo deles – e bote fatia nisso - está quase garantida. Basta que seus congêneres legalizem.