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Pandemia no Brasil: crescem a fome e a lista de bilionários

07/04/21 às 15:37 por Sindjuf/SE
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Do Sindjuf/SE

 

No mesmo dia, duas notícias que são um soco no estômago: 116,8 milhões de brasileiros sem garantia de comida na mesa no dia seguinte e 11 brasileiros entrando para a lista de bilionários do país. A extrema desigualdade do Brasil nunca esteve tão exposta, impossível de negar.

 

Pela primeira vez em 17 anos, mais da metade da população tenta sobreviver à insegurança alimentar. Isso significa que teve que reduzir a quantidade e a qualidade dos alimentos consumidos; e 19 milhões de pessoas passam fome. Do outro lado da moeda, tem 11 pessoas que se tornaram bilionárias, aumentando o número para 65. Tudo isso em meio a uma pandemia que já causou mais de 333 mil mortes.

 

Enquanto isso, batemos novo recorde de óbitos em 24 horas – 4.195 –, desemprego em 14,2%, e a classe trabalhadora peleja para receber um auxílio de 250 contos, que será pago apenas a 45 milhões de pessoas.

 

Como se não bastasse, os deputados aprovaram projeto de lei que autoriza empresas privadas a comprarem vacinas e, assim furarem a fila da vacinação. O projeto nº 948/2021 permite que a importação das vacinas contra coronavírus seja realizada por qualquer pessoa jurídica de direito privado, que “contrate estabelecimentos de saúde autorizados, como hospitais, farmácias e clínicas de vacinação para que realizem a importação dos imunizantes e vacinem os colaboradores”.

 

Atualmente, já existe lei que permite a compra dos imunizantes por pessoas jurídicas. No entanto, a regra é que 100% das vacinas sejam doadas ao SUS até que seja concluída a vacinação dos grupos prioritários. Com a primeira fase da votação concluída, a regra muda: as empresas podem comprar, distribuir e aplicar as doses de vacina, doando ao SUS somente metade do estoque, podendo aplicar a outra gratuitamente em seus funcionários.

 

Sempre existiram canalhas no Brasil. Mas agora eles estão muito mais pulverizados por todos os cantos, e a canalhice, institucionalizada.

 

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