Do Sindjuf/SE

Em meio à mais grave pandemia das últimas décadas, que já matou milhões de pessoas no mundo e continua fazendo vítimas, iniciamos 2021 com uma terrível notícia: o reajuste dos planos de saúde. No ano passado, o aumento foi suspenso durante os meses de setembro a dezembro. Agora, as operadoras cobrarão a correção retroativa ao período em 12 parcelas e ainda o reajuste do ano vigente.

Com a cobrança de valores referentes a reajustes mais a mudança de faixa etária, muita gente sofrerá com aumentos drásticos, podendo ultrapassar o dobro do valor atual. Mais uma punhalada nas costas dos trabalhadores, que ainda amargam os efeitos da covid-19. Situação semelhante é vivida pelos servidores da Justiça Federal da 5ª Região, parte da nossa categoria, que estão sendo obrigados a migrar para um plano extremamente mais caro e ainda sem direito a receber seu auxílio-saúde.

Caminhamos para um ano de pandemia, mas a crise sanitária ainda não acabou, e a vacinação em massa parece um sonho distante. Apesar do relaxamento das medidas de prevenção à proliferação do coronavírus quando os números entraram em queda ou estabilização, os índices voltaram a subir pós período eleitoral; inclusive novas mutações do vírus estão sendo identificadas.

Tampouco a recessão econômica está perto do fim. No momento em que as pessoas mais precisam do direito à saúde, não é hora de cobrar (muito) mais para os 47,2 milhões de brasileiros usuários de planos. O lucro não pode estar acima da vida.