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Defasagem no IR chega 134%, e correção beneficiaria 13,6 milhões de contribuintes

15/01/24 às 13:57 por Sindjuf/SE
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Se a tabela do imposto de renda fosse corrigida, considerando o acumulado da inflação desde 1996, mais 13,6 milhões de contribuintes seriam beneficiados com a isenção do imposto. É o que diz estudo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Unafisco Nacional), divulgado na última sexta-feira, 12.

 

Hoje, quem ganha até R$ 2.112 não paga imposto de renda. São cerca de 15,5 milhões de contribuintes isentos. Segundo a projeção da entidade, se o governo tivesse corrigido integralmente a tabela, só pagaria imposto de renda quem recebesse mais de R$ 4.899,69.

 

A defasagem no IRPF chega a 134% na faixa de isenção e 159,57% nas demais faixas. O estudo se baseou na inflação de 2023, divulgada um dia antes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

A defasagem de quase 30 anos continua a gerar injustiça tributária, principalmente sobre a classe média. Segundo o presidente da Unafisco, Mauro Silva, a desigualdade tributária “faz com que a classe média suporte o ônus do financiamento das políticas públicas, enquanto os mais abastados se beneficiam”. É o que ressalta também o diretor de Assuntos Técnicos do Sindifisco, Marcelo Lettieri, destacando que sem a correção, a classe média mais baixa é a mais prejudicada. “Se o trabalhador tiver reajuste só para repor a inflação, passa a pagar mais imposto só pelo fato de a tabela não ser corrigida pela inflação”, explica.

 
 
Com informações de Hora do Povo

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