O governo Bolsonaro-Guedes liberou crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. A medida meramente eleitoreira já deveria ter sido proibida, já que se trata de um grande esquema de compra de votos em plena campanha eleitoral.  

Além disso, é cruel com aqueles que mais estão passando necessidades. Vai endividar duramente milhares famílias, que terão que pagar juros de 3,45% ao mês, isto é 50,23% ao ano, taxa maior do que a do consignado de aposentados e pensionistas do INSS, de até 2,14% ao mês. Em apenas quatro dias, 700 mil pessoas solicitaram o consignado, e a Caixa Econômica Federal, a poucos dias das eleições, deu R$ 1,8 bilhão em empréstimos. Quem recebe o BPC também foi “contemplado” com a benesse. 

O banco já vem cometendo abusos. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) já recebeu, pelo menos, duas mil queixas, que vão de venda casada com seguro a ligações ao consumidor para ofertar o consignado.  

Até o momento, o Ministério Público solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão da medida, apontando indícios de desvio de finalidade e objetivo meramente eleitoral no benefício.