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Bolsonaro e coronavírus: o pior dos cenários para o Brasil

Do Sindjuf/SE
Temos o pior presidente da República para viver uma catástrofe de saúde como essa que vivemos agora, a pandemia do novo coronavírus. Jair Bolsonaro é irresponsável, imprudente, negligente, para dizer o mínimo. Até o momento, não foram tomadas providências de enfrentamento à proliferação da doença nem de cuidados à saúde pública.
A decisão de suspender atividades, modificar funcionamentos, desmarcar eventos, fechar as portas e realizar trabalhos em casa, tem partido dos governos dos estados; decisão esta que o presidente faz questão de criticar, chamar de exagero. Finge não enxergar a complexidade do problema, chama-o de “gripezinha”. Faz piada com a doença e seu alto nível de contágio. Ora está infectado, ora não está. Praticamente toda a comitiva que o acompanhou na última viagem aos Estados Unidos voltou contaminada, menos ele. Aparece na televisão de máscara, mas a retira na hora de falar. Vai para a rua apoiar manifestação em seu favor, cumprimenta fãs e faz selfies. Bolsonaro é a própria piada, e riríamos, se não fosse a gravidade da questão.
Até agora, Bolsonaro não apresentou um plano de ação para conter ou reduzir a disseminação do vírus. Ao lado de seu ministro da economia, Paulo Guedes, preocupa-se somente com os efeitos econômicos que a pandemia trará. Sim, tais conseqüências serão arrasadoras. Mas não apenas para os patrões, também – e muito mais funestas – para os empregados, já tão desprotegidos num país tomado pela onda neoliberal. A economia do país não pode estar acima das vidas das pessoas.
Estados Unidos e países europeus, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, estão adotando medidas que protegem os trabalhadores e, consequentemente, beneficiam toda a economia, a exemplo de pagar parte dos salários daqueles que estão em casa, conceder licença médica, ajuda financeira a trabalhadores autônomos, entre outros.
Aqui, o governo falou em ajuda a trabalhadores informais, mas ainda sem definir quanto, como e até quando. A preocupação é em amenizar prejuízos financeiros para os empresários, os grandes. Domingo, 22, Bolsonaro editou Medida Provisória (MP) 927, com um conjunto de ações de combate aos efeitos da pandemia na economia. Entre elas, a permissão de suspender contratos de trabalhos e salários por até quatro meses. Tão absurdo e cruel, que no dia seguinte ele avisou em seu Twitter a revogação desse artigo.
Bolsonaro não presta, nem como gente nem como líder de uma nação. E esse é o pior momento para tê-lo à frente do governo.
(*) Autor não identificado