Na manhã desta segunda, 11, o Sindjuf/SE participou de uma reunião com a Administração do TRT da 20ª Região a fim de discutir possíveis soluções a um problema recém apresentado: a partir do dia 25 de janeiro de 2024, a Rede Primavera deixará de aceitar a Unimed Seguros. Uma situação extremamente grave, visto que o Hospital Primavera e o Hospital do Coração (integrantes do mesmo grupo) são os únicos com unidades coronarianas; e deixando de atender o plano, os servidores ficam desassistidos desse serviço fundamental.

 

Trata-se, portanto, de um descumprimento de cláusula que leva à quebra contratual unilateralmente pelo tribunal.

 

A reunião contou com a presença do presidente do tribunal, desembargador José Augusto do Nascimento, e do diretor-geral, Tadeu Matos. Representando os servidores, participaram o conselheiro fiscal do Sindicato Ricardo Souza e o presidente da Astra 20, Josemilson Tavares. 

 

A Administração já está em contato com operadoras para iniciar as tratativas e conhecer as propostas. Hoje mesmo um representante da Geap Saúde participou da reunião e apresentou não uma proposta formal, mas as intenções do que pode oferecer em substituição ao plano atual.

 

É sabido que hoje também ocorreu uma reunião entre a Unimed Seguros e a Unimed Sergipe, cujo resultado permitirá que o tribunal adote novas providências.

 

Escolha dos servidores

Dentre as opções apresentadas, estão: 

 

• manter o plano da Unimed mesmo sem o atendimento coronário; 

• contratar um novo plano emergencialmente;

• ou cada servidor receber o valor do auxílio-saúde e contratar um plano individual.

 

O presidente do TRT20 deixou claro que quer tomar uma decisão que contemple a maioria e, portanto, pediu que os servidores definissem qual das opções seria mais benéfica. Assim, o Sindjuf/SE e a Astra 20 convocaram para a tarde de hoje uma reunião com os servidores para que tomassem conhecimento da situação e votassem numa das opções.

 

Depois de ouvirem as explicações e tirarem suas dúvidas, os servidores decidiram que, caso a Unimed não possa manter o atendimento na Rede Primavera após a data mencionada, dando um prazo maior para que o TRT20 contrate outra operadora, a melhor solução no momento é contratar a Geap, desde que esta mantenha as condições e termos do contrato vigente com a Unimed.

 

Isto significa que a categoria só firmará um contrato com a Geap, se for um plano nacional, sem coparticipação, valor médio e não por faixa etária e possibilidade de incluir agregados. A Administração buscará ainda negociar um valor mais baixo do que o pago atualmente à Unimed, já que o reajuste da Geap para seu público esse ano foi em torno de 10%.

 

“Temos esperança que as condições apresentadas na reunião sejam efetivadas formalmente e que tragam uma melhora na prestação de serviços para o servidor, inclusive com relação a valores. Porque a categoria sofre uma defasagem salarial histórica e teve com a Unimed um reajuste no preço do plano de 26%. É importante que esse novo plano contemple, além do atendimento às necessidades de saúde do servidor, os anseios às necessidades orçamentárias. Afinal, está cada vez mais difícil manter um plano de saúde, principalmente os técnicos judiciários, que ganham menos”, afirma o coordenador-geral do Sindjuf/SE, Nicodemos Sá. 

 

Para o dirigente, a reunião de hoje com a presidência do tribunal, que oportunizou um diálogo com a Geap, foi salutar. O resultado da reunião com os servidores reflete também a visão e o desejo da direção do Sindjuf/SE, no sentido de que a contratação de um novo plano de saúde é a melhor saída para os servidores nesse momento. “Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos, novas reuniões devem acontecer. Estaremos atentos a tudo, sempre defendendo os interesses da categoria, como a melhora das condições de vida, de salário e de benefícios”, garante.

 

São Lucas

Há algum tempo, quando o Hospital São Lucas se descredenciou da Unimed, a associação dos servidores fez um requerimento ao Ministério Público para que entrasse com uma ação civil pública contra o fim do atendimento do hospital, uma vez que o contrato do TRT20 com a Unimed previa a prestação de assistência em dois hospitais com unidade cardiológica. 

 

“No nosso entendimento, esses dois hospitais seriam o Primavera e o São Lucas. Com base nisso, o juízo de primeiro grau deu liminar favorável aos servidores. Mas a Unimed alegou que o Hospital do Coração também tem unidade coronariana, suprindo assim a necessidade. Então, a decisão de segundo grau cassou a liminar”, relembra Josemilson Tavares, presidente da Astra 20.

 

Agora, porém, os servidores estão ameaçados a ficarem sem nenhuma unidade coronariana. Segundo Josemilson, amanhã a Astra e a Amatra 20 vão solicitar que uma nova ação civil pública obrigue a Unimed a manter o atendimento na Rede Primavera até que o tribunal consiga contratar outra operadora de saúde.

 

Filie-se! Ajude o Sindjuf/SE a continuar lutando pelos interesses da categoria.