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Para o serviço militar, tudo. Para o serviço público, nada

19/05/20 às 16:39 por Sindjuf/SE
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Do Sindjuf/SE

 

O serviço público, de modo geral, vem sofrendo um desmonte há anos, que se acentuou no governo Temer e agora se aprofunda no governo Bolsonaro. Aliás, este governo tem no funcionalismo público seu principal alvo de destruição e ataques de toda sorte.

 

Muitas áreas do Estado penam com falta de pessoal, o que leva a vários outros problemas. O que se tem visto nos últimos anos é uma não realização de concursos públicos, nem com abertura de novas vagas nem mesmo para o preenchimento de vagas desocupadas. A proibição de concursos públicos está prevista em muitos projetos de lei, inclusive no já aprovado PLP 39/2020. Sob a justificativa da pandemia, o Congresso aproveitou para fazer algo que há muito tempo já tentava e vedou o aumento das folhas de pagamento em todas as esferas. Ou seja, nada reajustes nem novos concursos públicos.

 

No entanto, o serviço militar não vive a mesma angústia. Por que editais com centenas de vagas para as Forças Armadas são lançados, enquanto tantas áreas do setor público padecem com quadro reduzido? As contas públicas não vão sofrer impacto o crescimento do serviço militar? É o serviço público que quebra o país?

 

Desde o início do governo do capitão, não faltou oportunidade para quem quer ingressar na carreira militar. Teve concurso para diversas áreas das instituições militares, desde formação de cadetes, soldados e sargentos, até preenchimento de cargos de saúde e engenharia, por exemplo. Só agora em 2020, Exército, Aeronáutica e Marinha já abriram quase 1.000 vagas.

 

Esse é o governo que caça os trabalhadores e favorece os verdadeiros privilegiados. Na mesma reforma que acabou com a aposentadoria do povo e exterminou benefícios dos mais pobres, criou um plano de carreiras para os militares. Ao mesmo tempo em que aprovava um projeto de congelamento de salários dos servidores públicos, presenteou os militares com uma comissão de reajustes periódicos.

 

O Brasil nunca participou de guerras e não tem o costume de entrar em conflitos. Raramente colaborou em missões de paz. Qual a necessidade de formar tantos militares? Qual o tamanho da demanda que as Forças Armadas têm ou terão para que estejam com seus quadros mais do que completos?

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