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“Proposta do governo ataca serviço público e agrava crise do país”, denunciam servidores

17/10/19 às 16:30 por Sindjuf/SE
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Foto: Daniel Cardoso

 

 

A reforma administrativa que o governo está prestes a enviar ao Congresso Nacional, que propõe um enxugamento drástico no custeio da administração federal e tem entre seus pontos o fim da estabilidade para os futuros servidores públicos e redução de salários e benefícios, entre outras mudanças, vem mobilizando a categoria, especialistas da área e parlamentares.

 

Na manhã desta terça-feira (15), a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público reuniu, na Câmara dos Deputados, servidores e entidades representativas do funcionalismo.

 

Para o economista e auditor federal de Finanças e Controle, Bráulio Cerqueira, “a reforma administrativa, junto com a lei do teto dos gastos, pode agravar a crise na prestação dos serviços, em consequência da precarização dos direitos trabalhistas e do emprego público. Será um tiro no pé da sociedade”.

 

“Vivemos no país mais desigual de todo o planeta e a única maneira de fazer com que sigamos nessa situação é usando de violência e mentira. Violência e mentira caracterizam perfeitamente o que está sendo feito com o servidor público brasileiro, que foi colocado no papel de vilão, justamente no momento em que o país mais precisa dele. Não existe nação forte com estado fraco”, reforçou o economista Eduardo Moreira.

 

De acordo com o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, hoje, em percentual do Produto Interno Bruto, as despesas federais com pessoal (incluindo aposentados) já são menores do que em 2002: “4,4% contra 4,8%. O crescimento recente das despesas decorre da estagnação da economia”.

 

Para Bráulio Cerqueira, o ajuste fiscal pelo lado das despesas “não permite que o gasto público cresça em consonântica com a expansão da população. Isso pode causar uma paralisação do serviço público e a estagnação da economia”.

 

Ele destaca que “grandes empresas, nacionais e internacionais, estão fechando as portas. Isso é o resultado de uma política que cria 13 milhões de desempregados e precariza o serviço público”.  

 

Fonte: Hora do Povo

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