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Energia solar poderá beneficiar associados

15/08/17 às 18:00 por Sindjuf/SE
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Do Sindjuf/SE

 

Sindjuf estuda parceria com empresa do setor

 

Os diretores Gilberto Melo e Ricardo Souza se reuniram, ontem, 14, com Max Mauro Batista, engenheiro projetista e sócio da Pro Solar SE, uma empresa de energia solar, para uma conversa inicial sobre a viabilidade de firmar parceria com o Sindjuf. Na conversa, Max falou sobre o crescimento do mercado sergipano de energia limpa e renovável e sobre a necessidade de se diversificar a matriz de energia do Brasil, a fim de evitar uma crise energética num futuro breve.

 

Os sindicalistas falaram da intenção de oferecer aos associados condições diferenciadas na aquisição do sistema de energia solar. O engenheiro, por sua vez, prometeu estudar, junto a sua equipe, as possibilidades de um convênio. Nos últimos dois anos, houve uma grande mudança no Brasil, favorável ao mercado de energia solar. Há isenção de impostos tanto para os equipamentos quanto para a energia gerada. A energia elétrica é como um aluguel que pagamos pelo resto da vida. A única forma de não pagar aluguel é tendo seu próprio sistema de geração de energia.

 

O mercado sergipano de energia solar também cresceu muito e o cenário e bastante favorável para que continue a crescer. Com um sistema de energia solar em casa, é possível praticamente zerar o custo com energia, deixando-se de utilizar completamente a energia elétrica. A Pro Solar SE é uma empresa sergipana e oferece o serviço completo aos clientes: venda dos equipamentos, instalação e suporte técnico. Além dos prazos de garantia dos fabricantes, há os prazos de garantia do serviço, que varia de acordo com tipo de equipamento e do local de instalação.

 

Confira a entrevista que o sócio da Pro Solar SE concedeu ao Sindjuf sobre o sistema de energia solar:

 

Sindjuf - Como está o mercado sergipano de energia solar?

 

Max Batista - Cerca de um ano atrás, tínhamos 10 sistemas instalados em todo o estado. Hoje, são mais de 35. Isso é resultado de um cenário bem positivo para o uso da energia solar em Sergipe.

 

Sindjuf - Qual o sistema utilizado?

 

MB - Sistema fotovoltáico, que consiste em placas que captam os raios solares e os transformam em energia. As placas ficam posicionadas no telhado, bastando que recebam luz do sol. Assim que o dia amanhece, o sistema começa a operar automaticamente. Quando o sol se põe, o sistema entra em stand by. É uma modalidade que não requer armazenamento de energia em baterias. A energia fica “armazenada” na própria rede elétrica da concessionária, a Energisa.

 

Sindjuf - Para que fins a energia pode ser utilizada?

 

MB - A energia solar é aplicável a qualquer tipo de carga elétrica, ou seja, eletrodomésticos, motores, equipamentos médicos, máquinas industriais etc.

 

Sindjuf - Para quais ambientes este sistema é indicado?

 

MB - Para qualquer pessoa que tenha um telhado individual. Em apartamento ainda não é possível instalar as placas. Mas quem tem uma casa, seja na cidade, na praia ou na fazenda, pode fazer uso do sistema fotovoltáico, inclusive, podendo utilizar créditos excedentes para abater na conta de luz de outro imóvel, como um apartamento por exemplo. Isso é totalmente possível e viável junto a concessionária de energia. É exigido, porém, que o titular da conta de luz de um imóvel seja o mesmo da conta do outro.

 

Sindjuf - Os chamados créditos se convertem em abatimento na conta de energia?

 

MB - Crédito é a nomenclatura que se usa para a quantidade de energia gerada a mais e não utilizada em determinado imóvel. Esse excedente pode ser usado em outros imóveis. No momento em que uma casa está gerando mais energia do que consome, ela está injetando energia na rede, que é distribuída também pelos vizinhos. Isso beneficia a concessionária, uma vez que desafoga o sistema de abastecimento dela. Ela não precisará dispor de tanta energia naquela região porque já tem alguém fazendo isso com seu excedente. Isso retorna em abatimento na conta de energia convencional.

 

Sindjuf - Qual o custo mínimo para instalar o sistema em casa?

 

MB - O custo mínimo varia, pois depende do local de instalação e da estrutura. O menor sistema possui oito placas. O investimento é o resultado da multiplicação da conta de energia atual por quatro anos, no caso de clientes domésticos. Um cliente, por exemplo, que pague 500 reais de energia, gasta 6 mil reais por ano, sem considerar os aumentos. Este valor multiplicado por quatro anos dá 24 mil reais, custo de um sistema. Mas os preços variam de caso a caso, inclusive com os benefícios que pretendemos oferecer aos associados do Sindjuf.

 

Sindjuf - É possível parcelar tal valor?

 

MB - Sim, existem várias linhas de financiamento e parcelamento próprio. O cliente conta com toda a facilidade e nossa assessoria para buscar a melhor linha de financiamento, próprio ou bancário.

 

Sindjuf - Qual é a economia que se tem com um sistema de energia solar?

 

MB - A economia pode chegar a 95% do valor que se paga na conta de energia. O objetivo do sistema solar é abater todo o consumo, de modo que o consumidor pague somente a taxa mínima obrigatória da concessionária. Esse abatimento inclui consumo, impostos e taxa de iluminação pública.

 

Sindjuf - Qual a duração do sistema fotovoltáico?

 

MB - O equipamento que mais custa num sistema e que demanda mais cuidados na instalação são as placas, porque ficam no telhado. Quase todos os fabricantes, em nível mundial, dão 25 anos de garantia, tamanha é a qualidade do produto. Isso nos dá tranquilidade de trabalhar com um produto de primeira linha e que tem o selo A do Inmetro. Outros equipamentos que compõem o sistema são o inversor e a caixa de proteção. O inversor tem vida útil de aproximadamente metade do tempo das placas. Cabos e caixas de disjuntores variam sua vida útil de acordo com cada fabricante. Mas os principais, que são placas e inversores, têm essa alta durabilidade. Então, calcula-se que, em 25 anos, haverá apenas uma troca de inversor.

 

Sindjuf - Se o cliente se mudar, pode levar o sistema?

 

MB - Sim, o sistema é modular e removível. Isso é excelente porque permite que quem mora de aluguel tenha um sistema de energia solar.

 

Sindjuf - Como fica o abastecimento do sistema em períodos de pouco ou nenhum sol?

 

MB - Trabalhamos com uma média de geração anual. No verão, o sistema vai gerar acima da média, no inverno, abaixo da média. Mas tudo isso já é calculado no projeto, de modo que não haja déficit de energia ao longo do ano. Os créditos gerados a mais no verão serão usados no inverno.

 

 

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